No pego da ribeira
agora uma
praia a valer
havia cobrinhas de água
E as
moças de Alcoutim
cantavam:
As cobrinhas de água
são minhas comadres
quando lá passares
dá-lhes saudades
E às vezes
dançavam
ao som do
canto:
Dá-lhes saudades
saudades minhas
quando lá passares
ao pé das cobrinhas
O cais novo
era o sítio preferido
para estes
improvisados bailes:
Ao pé das cobrinhas
lá ao pé dos peixes
Só te peço amor
que nunca me deixes
No cais
novo havia uma buganvília
e os ramos
balançavam felizes
ao
ritmo do canto e da dança:
Que nunca me deixes
Deixar-me-ás ou não
Anda cá amor
do meu coração
Teresa Rita Lopes, O Sul dos meus
Sonhos
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